Inaugurando isso aqui com uma espinha de peixe entalada no meio da garganta.
Você se preocupa com as pessoas mas não quer parecer invasiva. O que te resta é perguntar o que há. A resposta é evasiva e te dá margem pra pensar o que quiser. Você insiste apenas pra saber se pode ajudar com algo. Toma um toco de esquerda. O que você faz? Nada. Remoe aquilo a tarde toda e aprende a lição: nunca mais vai perguntar nada. Se a pessoa quiser, ela te procura. Procura pra contar o que foi, quem sabe talvez antes dos amigos mais próximos geograficamente. Procura pra dividir uma angústia ou uma dor. A pessoa te procura. Se quiser.
Todos temos o direito de não querer dividir ou escolher com quem quer dividir suas angústias, mas convenhamos, se você não puder contar com a pessoa que você escolheu pra dividir a vida, aí mermão... Houston, we have a problem. Pelo menos eu acho. Mas talvez eu tenha uma concepção meio equivocada de companheirismo, né? É, taí. Vai ver a parada é comigo. E como diz a diva Srta. Possi:
"O mundo é cheio de problemas pequenos. Fico perto demais, eu tô correndo perigo. Eu nunca sei quando a parada é comigo"
E é só isso.
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